O que soo
Se C ou não ser
Não é,
Seja isso o que for?
Se ser não E
E ser ou não ser
Soa assim
Como se não fosse,
Apesar de ser o que é?
Se sou,
E se isso soa a ser
Ou não C é
Ou, então, não, sô?
Sim, senhor, eu sou
O que suo,
Embora isso não seja C.
Se não suar,
Serei
Ou dirão que não,
Porque assim não soo
Ao que pretendo ser?
E se soar,
Num assesoir
Que não é sentar,
Que também não é C, tá!,
Um acetato que não se toca,
Ser rei
Ou errei ao C,
Isso ao cubo?
Dados postos,
Jogador de lado,
De qualquer dos seis,
Isto soa a jogo
De palavras suadas,
De palavras sem C,
De um C que não é,
De um E que só é
Se, acentuado,
For ser.
Forcei a mão
Como um Deus que joga dados.
Deus, sei que não sou.
Deus não sua,
Embora tudo soe a Ele
Como soi acontecer.
Se soo perdeu o acento,
Num jogo-de-cadeiras,
Perdendo o rebolado,
Com É não.
É ainda tem seu lugar,
Mesmo que,
E devemos lhe tirar o chapéu,
Quando circunflexo,
Circunspecto,
Fechado e conspícuo,
Ê ê ê ê!...
Sou, vá lá!
E isso é o quê?
O quê, sabe-se,
Não E,
Não C,
Não é o que parece ser,
Sendo o quê que é.
Se ser ou não ser é,
Tanto faz ser, que E,
Quanto não,
Que isso ainda é.
Se não for, vá lá!
Se for, é só ser.
Suado já,
Meu C (apenas um C)
Não é mais aquilo que foi,
Anda pondo manguinhas de fora,
Sem manter, entre as pernas,
Seu rabinho preso,
Soltando-o mesmo,
Como um S,
Como se,
Se sentindo como se fosse,
Não fosse o que é.
Cada qual seja o que for.
Cada um na sua.
Cada um sabe o que E.
Cada qual no seu ser.
Todos em si.
E só eu mesmo no ar
CHICO VIVAS
Que rico!!!
ResponderExcluirO ser sempre será uma grande fonte...e o não ser, uma ponte para a questão!
Marilia Martins